Primeiramente, vamos ao conceito:
A low carb consiste em uma dieta com baixo carboidrato, mas isso não significa que devemos zerar os carboidratos! Consiste apenas em diminuir as quantidades.
A dieta low carb é caracterizada pela quantidade de até 120g de carboidratos ao dia.
Por quê ela promove rápida perda de peso?
Vamos lá: o baixo consumo de carboidratos promove uma queda nos níveis de glicogênio. A cada 1g de glicogênio a ser estocado, se liga a 4g de água.
Ou seja, ao diminuir a oferta de carboidratos, o corpo eliminará a água que estava acumulada junto aos estoques de glicogênio. Porém perder peso é diferente de perder gordura. O peso não é composto somente por gordura, é composto também por água, músculos, ossos e órgãos.
Quer dizer então que a dieta low carb não emagrece mais? Sim! Pois a rápida perda de peso não significa necessariamente perda de gordura.
A low carb promove a diminuição da retenção hídrica devido a uma redução da insulina. A redução dos níveis de insulina e glicose aumenta a produção de corpos cetônicos.
Dentre as vantagens da dieta low carb, podemos citar: o controle glicêmico, melhora da insulina, aumento dos níveis de HDL (“colesterol bom”), e redução dos níveis de triglicerídeos, além do maior controle da hemoglobina glicada em diabéticos assim como controle de hipertrigliceridemia. No entanto, apresenta algumas desvantagens, principalmente se for feita de maneira inadequada, sem a orientação de um nutricionista, como por exemplo aumento dos níveis de cortisol (“hormônio do estresse”) devido a redução dos níveis de insulina podendo ocasionar sintomas de dor de cabeça, estresse e fadiga, vontade de comer doces , aumento de TSH (hormônio tireoestimulante), diminuição dos níveis de T3 (tri-iodotironina) e queda de desempenho esportivo. Além disso, pode impactar no sistema imune, pois a glicose é o substrato energético para os linfócitos, e também pode afetar a microbiota intestinal.
A dieta low carb pode ser benéfica em situações como:
- – Manejo da composição corporal
- – Diabetes mellitus tipo 2 (por diminuir os níveis de glicemia pós prandial e aumentar à sensibilidade a insulina, diminuindo assim o requerimento de insulina)
- – Diabetes mellitus tipo 1 (por reduzir o estresse oxidativo)
- – Síndrome metabólica
- – Esteatose hepática
